Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2007

Curiosidades do cão de montanha dos Pirinéus - Guarda de rebanhos na montanha, lutou com linces, urs

Raça

 

*Ar robusto, a par de uma certa elegância

 

*Grande cabeça e olhos meigos

 

*Bela pelagem de longos pelos brancos

 

*Tamanho:70 a 80cm de altura ao garrote o macho, 65 a 72cm a fêmea

 

*Peso: cerca de 60 a 70kg o macho, 45 a 55kg a femea

 

*Duração média de vida: 10 a 12 anos

 

Passeia a sua bela pelagem pela cordilheira pirenaica  desde a idade do Bronze! Depois das honras das cortes reais, goza de boa popularidade internacional.

 

Desde a Idade do Bronze

 

Escavações arqueológicas revelaram que o montanha-dos-pirenéus já fazia parte da vida quotidiana dos homens que habitavam aqueles cumes durante a idade do Bronze. Como a maioria dos grandes cães de montanha, descende provavelmente do mítico dogue do tibete. Verificou-se que estes cães se espalharam por todo o Mundo muito antes da Era Cristã, dispersando-se por todas as regiões difíceis e escarpadas. Deste modo, nas cordilheiras que percorrem a Ásia e a Europa, desde o Tibete a Espanha, passando pelo Afeganistão, a Jugoslávia, a Suíça, a Itália e França encontrando-se cães que possuem caracteristicas muito semelhantes.

 

O « patou»

 

As suas grandes qualidades foram rápidamente aproveitadas pelos habitantes dos Pirinéus, que lhe deram por missão a guarda dos rebanhos de carneiros e das casas isoladas. Numerosos testemunhos datados da Idade Média apresentam o «patou» (como lhe chamam carinhosamente na vertente Francesa dos Pirenéus) como o inimigo dos linces, dos lobos... e dos salteadores. Gaston Phebus, conde de Foix, um grande senhor do século XIV, chamou «cães de ursos» aos antepassados do cão dos Pirenéus. Na época andavam com uma coleira eriçada de bicos compridos e afiados em volta do pescoço, uma protecção indispensável para não sucumbirem às tentativas de estrangulamento dos temíveis plantígrados.

 

Através dos séculos

 

No século XVIII, os Pirinéus atraíam muita gente que ali ia «a águas». Foi assim que Madame de Maintenon descobriu o patou. Alguns desses cães fizeram então uma notável entrada na corte francesa. Acompanhando La Fayette, o montanha atravessou o Atlântico, mas não conseguiu implantar-se na América. A partir de 1850, a desaparição dos grandes predadores (ursos e lobos) e a grande procura pelos amantes destes cães obrigaram criadores a vender grande parte dos seus exemplares. A tal ponto que, em 1900, a raça parecia de facto ameaçada. Felizmente, alguns incondicionais fundaram clubes que permitiram salvar o patou e garantir a sua reputação, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Hoje o cão goza de um justo reconhecimento internacional que chegou até ao Japão, onde parece que faz furor.

 

Casos

Olivier de Serre, um famoso agrónomo francês, estudou durante algum tempo o comportamento do montanha-dos-pirinéus, vindo a desenvolver uma teoria sobre o talento deste cão. Em 1600, o cientista afirmou que é graças à cor branca das suas pelagens que os carneiros e os cães conseguem «conversar» juntos e viver em boa harmonia...

 

Montanha dos Pirinéus

 

Sob o seu aspecto bonacheirão, é um dos cães mais perigosos para os ladrões

 

 

Carácter

 

Qualidades

 

  • Valente
  • Bom guarda
  • Rústico e robusto
  • Afectuoso
  • Bom vigilante
  • Tranquilo e equilibrado
  • Adaptável
  • Sagaz

 Defeitos

 

  • Dominante
  • Pouco obediente

  

O seu «curriculo» é muito vasto: excelente guarda de rebenhos ou de casas, trabalhador na neve, ajudante do abastecimento na montanha, sem esquecer, claro, que se trata de um companheiro afectuoso e fiel.

 

Se antigamente contava carneiros... não era para adormecer!

 

O carácter do montanha-dos-pirinéus formou-se em contacto com os grandes predadores da montanha. Não é para admirar, pois, que, se soube dobrar ursos, lobos e salteadores de estrada, saiba perfeitamente o que quer! Usando de firmeza e benevolência durante a sua educação, o dono tornar-se-á o amado senhor deste grande cão de enorem talento.

Sob o seu aspecto tranquilo de peluche ensonado, o montanha esconde um sentido da vigilância notável. É muito tranquilo mas também é um cão de pastor nato. Nada lhe escapa. Quando percebe um ruído suspeito, troca o seu aspecto bonacheirão por um ar de superguarda. Então, a sua força, energia e coragem lendária transformam-no no terror de malfeitores de todo o tipo. Ao menor alerta, faz ressoar a sua voz rouca e profunda, que nos transporta no tempo e no espaço até à época em que este cão levava metade da noite a defrontar-se com temíveis feras.

 

 

ABC DO PERFEITO DONO

 

Eduque-o muito cedo e com firmeza. O montanha dos pirinéus é por natureza dominante e pouco obediente e precisa de um dono enérgico que saiba fazer-se respeitar por ele. Não confunda nunca autoridade com brutalidade. Um proprietário violento ou injusto converteria o seu cão num animal desequilibrado e instável.

Apoie-se ao máximo na sua inteligência e na sua capacidade de afecto durante os períodos de trabalho. Fale-lhe com benevolência e recompense-o por todos os seus progressos. Brinque com ele! Vai ver que tem muito humor.

Diz-se que, apesar de tudo, tem certa tendência para fugir. Por isso evite dar-lhe largas. Para que os passeios não se tornem um pesadelo, habitue-o desde muito novo a regressar quando o chama. Não o submeta a um treino para aumentar as suas capacidades de defesa. As suas capacidades naturais são mais que suficientes.

É muito activo e precisa de «queimar» a energia em excesso. Leve-o a dar grandes passeios.

Ensine-o a não aceitar comida de desconhecidos.

Proporcione-lhe uma vida sã e equilibrada ao ar livre. Respeite o seu amor pela independência não contrariando constantemente os seus desejos.

Se confiar o seu exemplar a um treinador profissional, certefique-se de que está habituado a lidar com este tipo de cão. Procure estar presente nas sessões de treino.

 

OBRIGATÓRIO

 

Fazê-lo perceber, amavelmente mas com firmeza, quem é o dono.

Compartilhar com ele uma existência saudavél ao ar livre. Desenvolver-se-á fisica e mentalmente com harmonia.

 

PROIBIDO

 

Treina-lo para o ataque pois já tem qualidades que cheguem para isso.

Ceder aos seus caprichos

Desorienta-lo com ordens variadas e contraditórias.

 

O cão polivalente

 

Como os cavaleiros mediaveis, o montanha dos pirinéus pode ser considerado um cavaleiro sem medo e sem mácula. Não há missão que esteja fora do seu alcance, nenhuma mancha empana a sua sólida reputação. Valente guarda de rebanhos e de casas durante séculos, em vários países ainda é utilizado como cão de pastor. Nos Estados Unidos, por exemplo um montanha chamado Ben conseguiu matar um puma de 75kg! O patou também tem demonstrado as suas fantásticas aptidões na neve: como animal de tiro de trenós no Canadá, ou como hábil salvador de montanha ou agentes de contacto para os caçadores alpinos. Finalmente, distinguiu-se de maneira especial em tarefas de abastecimento: longas colunas de enormes cães brancos atravessaram os Pirinéus e os Alpes no meio das tempestades, desafiando a morte para entregarem alimentos aos montanheses durante Invernos especialmente rigorosos.

 

 

COM AS CRIANÇAS

 

Comparta-se como um companheiro adorável com os seus pequenos donos. Guarda de muita confiança, sabe ser meigo e afectuoso  com os mais pequenos. A televisão pôs em destaque as suas magnificas qualidades com as crianças. Numa séria chamada Bell e Sebastião, que encantou os telespectadores europeus durante vários anos, portava-se como um companheiro carinhoso e ao mesmo tempo como um magnífico protector do pequeno Sebastião. O papel de Bell era representado por dois machos.

 

MUITO BOM SENSO

 

Indiscutivelmente, ao montanha dos pirinéus não falta bom senso. Tem o dom de se adaptar a situações novas. A sua grande inteligência emerge de uma maneira especial nas relações com os donos. Sempre que tenha sido educado por uma família afectuosa, fará tudo para lhes agradar. Compreende sempre o que se espera dele e antecipa-se na interpretação dos desejos dos seus amigos. Mostra-se engraçado, aplicado, afectuoso ou atento consoante as circunstâncias. E também sabe pôr-se de lado se a situação o exigir. Não há dúvida, é muito responsável.  

 

Montanha dos Pirenéus

Rústico até à medula, sente-se maravilhosamente bem na montanha

 

O DIA A DIA

 

DADOS DE INTERESSE

 

A vida num andar não foi feita para ele

 

É um guarda excepcional

 

Tem muito apetite e não deve de ser alimentado em excesso

 

O pêlo que perde na muda pode ser aproveitado

 

Deve-se vigiar o seu crescimento pois é muito rápido

 

Pode dormir no exterior, num canil

 

Custo de manutenção elevado

 

A pelagem do montanha dos pirenéus deve ser limpa com uma carda e depois escovada

 

Cão ou cordeiro?

 

Como os são-bernardos, o montanha muda duas vezes por ano. Durante os períodos de muda, alguns proprietários dos Pirinéus guardam cuidadosamente o pêlo do seu companheiro para fiarem e depois tricotarem. Mais uma coisa que liga este valente cão às suas amigas ovelhas.

 

VERDADEIRO / FALSO

 

*É um dos cães de montanha mais espalhados por todo o Mundo

Verdadeiro. É muito apreciado e não só na sua região de origem. Há muitos exemplares no Canadá ou em Israel que enfrentam os predadores locais.

 

  • O  patou é a unica raça canina originária dos Pirinéus

Falso. Existe um tipo de cão mais pequeno, o pastor dos Pirenéus.

 

  • À noite, as capacidades do montanha incrementam-se

Certo, ao pôr do sol, a sua vigilância aumenta.

 

  • Num ano multiplica por cem o seu peso ao nascer

Verdadeiro. Como os outros molossos, cresce rapidamente.

 

Espaço Vital

 

O montanha-dos-pirinéus é o protótipo o CÃO «natural». A vida num apartamento está-lhe proibida. Claro que é afectuoso e sensível ao ambiente do lar, mas na realidade prefere os grandes espaços abertos. Um clima um pouco rigoroso não lhe desagrada, embora suporte perfitamente a vida em regiões mais quentes. Como canil, arranje-lhe um pequeno telheiro perto de casa. O ideal é um espaço de uns vinte metros quadrados, onde colocará uma grande caixa que lhe servirá de cama. Um jardim grande permitir-lhe-á não se sentir enclausurado, mas, apesar de tudo, desejará dar grandes passeios ao ar livre.

 

Alimentação

 

Durante séculos, os cães da montanha dos Pirinéus, usados na guarda rebanhos de carneiros, contentaram-se com a alimentação à base de leite e cascas de queijo. Como se arranjaram, pois, para dar mostras de tanta energia? Vê-se que a riqueza dos alimentos actuais não fez aumentar o tamanho nem aumentar o tamanho nem o potencial  dos patous. Mas eles são uma espécie se saco sem fundo, cuja avidez deve ser controlada para que conservem a linha e se mantenham em forma. Conte com um a dois quilos de alimento diários, para um exemplar de actividade moderada.

 

 

Saúde

 

O montanha é um cão robusto. Como todos os molossos, cresce com grande rapidez e pode vir a ter problemas ósseos ou articulares. A alimentação do cachorro deve ser seguida com atenção. O dono do montanha deve preocupar-se em lhe dar complementos minerais e vitaminicos, necessários a um desenvolvimento harmonioso. Tenha cuidado com as sobrecargas ponderais: divida-lhe a comida por duas refeições, a fim de lhe garantir uma boa digestão. Para evitar casos de displasia de anca, é preciso certificar-se da boa constituição do esqueleto dos progenitores do cachorro.

 

A sua higiene exige energia: escovagem total três vezes por semana. Felizmente, presta-se para de bom grado a isso.

 

Cuidados

 

A pelagem do montanha dos Pirinéus exige cuidados: por o menos três escovagens por semana. A escova deve ser manejada com cuidado, para não danificar o subpêlo lanudo. Alguns banhos anuais também beneficiarão extraordinariamente a saúde e nobreza da sua bela pelagem branca. Para além destes cuidados, simples, não precisa de nenhum tratamento especial, senão o de verificar regularmente a limpeza das orelhas e o bom estado da dentadura.

 

A VOZ DOS PIRINEUS

 

O montanha é um ser silencioso. Ouve com fastio os fedelhos que querem chamar a sua atenção. Mas quando ladra, ressoa por toda a parte um latido rouco e profundo que faz os intrusos pensar duas vezes.

Fonte: Montanha Pirinéus

publicado por mímica às 22:06

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