Azahar, a fêmea de lince ibérico que chegou da vizinha Espanha, criou grande expectativa na estreia do Centro de Reprodução português, em Silves. Em breve, chegarão mais quinze.
A chegada dos exemplares de lince - seis fêmeas e dez machos, ao todo -, será faseada e decorrerá até Dezembro. "O último chegará no dia 1 de Dezembro, no Dia da Restauração da Independência e aí ficará completo o lote de dezasseis animais", afirma Tito Rosa, presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).
Mas hoje, foi uma 'ela' quem estreou o Centro de Reprodução do Lince Ibérico, vinda de Jerez de La Frontera.
"Saímos de lá às 13h00 (hora espanhola) e chegámos cá às 16h00. Correu tudo bem", diz ao Expresso Iñigo Sanchéz. Iñigo, biólogo do Zoo Botânico de Jerez, era um homem satisfeito. Nervoso, mas satisfeito. A impaciência era aliás geral entre todos os presentes - algumas dezenas, entre jornalistas, forças policiais e representantes do Instituto de Conservação da Natureza e seus homólogos espanhóis, responsáveis pelo Programa de Reprodução do Lince em Espanha.
Fatos especiais
Muito poucos foram autorizados a assistir presencialmente à libertação do lince |
Nuno Veiga/Lusa |
Muito poucos foram autorizados a assistir presencialmente à libertação do lince na sua próxima 'casa', e para o fazerem tiveram de equipar-se com fatos de protecção, para evitar transmissão de doenças ao animal. Apenas uma equipa de jornalistas - da agência Lusa - foi também autorizada a captar imagens, que foram posteriormente cedidas aos vários órgãos de comunicação social.
Espanha tem actualmente 75 linces em cativeiro - agora 74 - após o arranque do programa de captura de animais selvagens para reprodução. Destes 74, cerca de metade são já nascidos em cativeiro, crias de pais maioritariamente selvagens.
Para o centro português, ao abrigo de um protocolo entre os dois países estabelecido em Agosto de 2007, foram seleccionados 16 exemplares, os mais novos e potencialmente mais reprodutores.
Reprodução sem pressas
O presidente do ICNB lembra que a chegada de Azahar é a concretização de um projecto que conta quase com uma década |
Nuno Veiga/Lusa |
Rodrigo Serra, coordenador do Centro, explica que a reprodução não é, no entanto, para apressar. "Não é desejável ter logo reprodução, o que nós queremos é que os animais se adaptem. No fim desta época reprodutiva queremos ter sobretudo o saber, mas se tivermos sorte e correr bem, seria uma prenda muito boa", diz, colocando algumas expectativas na fêmea recém-chegada e nos futuros reprodutores de lince-ibérico.
Já o presidente do ICNB, Tito Rosa, explicou que o próximo passo é preparar o habitat e a população para a libertação do lince na natureza, algo que ainda não está totalmente definido em termos geográficos: "Estamos a trabalhar nos habitats das zonas de Vale do Guadiana, Serra da Malcata e Serra de Monchique. O futuro dirá quais destes habitats têm melhores condições para a libertação do lince", afirmou Tito Rosa, adiantando que a disponibilidade de alimento (coelho) e a mobilização das pessoas, em especial dos agricultores e caçadores, é essencial para o sucesso do projecto.
"Todos os dias são importantes para a conservação da natureza, mas o de hoje é histórico", afirmou o presidente do ICNB, lembrando que a chegada de Azahar a Silves é a concretização de um projecto que conta quase com uma década.
Fonte: Expresso Online
A própria natureza geme, esperando a sua redenção!
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