As serpentes são animais que estão entre os mais temidos pelas pessoas, existindo muita curiosidade sobre essas fascinantes predadoras. Fique a saber mais sobre elas lendo este post!
As serpentes, também chamadas ofídios, cobras, mbóis, mboias e malacatifas, são répteis poiquilotérmicos - ou seja, têm um mecanismo interno que regula a temperatura corporal (os chamados comummente de animais de 'sangue frio') - sem patas, pertencentes à subordem Serpentes, ou Ophidia. São bastante próximas dos lagartos, com os quais partilham a ordem Squamata.
O esqueleto da maioria das serpentes consiste apenas no crânio, maxilares, coluna vertebral e costelas.
A coluna vertebral possui aproximadamente entre 200 e 400 (ou mais) vértebras. Destas, em torno de 20% (às vezes menos) são da cauda e não possuem costelas. Já as vértebras do corpo possuem, cada uma, duas costelas articuladas a elas. As vértebras também possuem projeções às quais se fixam os fortes músculos que as serpentes usam para se locomover.
A pele das cobras é coberta por escamas. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente (num processo conhecido como ecdise ou muda).
Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde, como por exemplo no símbolo da medicina (o bastão de Esculápio).
O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os órgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo de modo que um esteja à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da simetria bilateral.
Apesar de a visão não ser particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arboreal e pior na espécie terrestre), não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos chamados de fossetas que lhes permite sentir o calor emitido pelos corpos. Isto é extremamente útil em lugares com pouca luminosidade. Como as serpentes não têm orelhas externas, a audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. A maioria das serpentes usa a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direccional do cheiro.
Todas as serpentes são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos, ratos ou insectos. Algumas cobras têm peçonha (veneno) para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por constrição (apertando as presas).
As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas. Isso dá-se graças ao osso quadrado que funciona como uma peça de encaixe, que quando necessário desarticula a sua mandíbula para se adaptar ao
tamanho da sua presa (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crânio, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.
As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto decorre o processo da digestão. A digestão é uma actividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica envolvida é tal que na Crotalus durissus, a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pêlo e as garras, que são expelidos junto com o excesso de ácido úrico.
Normalmente, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há relatos envolvendo serpentes grandes, como pythons. Apesar de serem dóceis, existem algumas espécies particularmente agressivas, mesmo assim, a maioria não ataca seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contacto.
As cobras usam quatro métodos de locomoção.
Todas as serpentes têm a capacidade de ondulação lateral, em que o corpo é ondulado de lado e as áreas flexionadas propagam-se posteriormente, dando a forma de uma onda de seno propagando-se posteriormente.
Além disto, as serpentes também são capazes do "movimento de concertina".
Este método de movimentação pode ser usado para trepar em árvores ou atravessar pequenos túneis. No caso das árvores, o tronco é agarrado pela parte posterior do corpo, ao passo que a parte anterior é estendida. A porção anterior agarra o tronco em seguida e a porção posterior é propelida para a frente. Este ciclo pode ocorrer em várias secções da cobra simultaneamente (este método originou a afirmação errónea de que as cobras "andam nas próprias costelas"; na verdade, as costelas não movem para frente e para trás em nenhum dos 4 tipos de movimento). No caso de túneis, em vez de se agarrar, o corpo comprime-se contra as paredes do túnel criando a fricção necessária para a locomoção, mas o movimento é bastante semelhante ao anterior.
Outro método comum de locomoção é locomoção rectilínea, em que uma cobra se mantém recta e se propele como se de uma mola se tratasse, usando os músculos da sua barriga. Este método é usado normalmente por cobras muito grandes e pesadas, como pítons e víboras.
No entanto, o mais complexo e interessante método de locomoção é o zigue-zague, uma locomoção ondulatória usada para atravessar lama ou areia solta.
Nem todas as serpentes são capazes de usar todos os métodos. A velocidade máxima conseguida pela maioria das cobras é de 13 km/h, mais lento que um ser humano adulto a correr, excepto a mamba-negra, que pode atingir até 20 km/h.
As serpentes usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de hemipénis bifurcados e no momento da cópula esse órgão genital infla-se com sangue e é evertido para ser introduzido na cloaca da fêmea durante a cópula.
Hemipénis de Sucuri
A maioria das serpentes é ovípara (colocam ovos) e outras como os boídeos (sucuris e jibóias) e viperídeos (excepto a surucucu-pico-de-jaca) são vivíparas dando à luz filhotes já formados.
Cobra-rateira, existente em Portugal, cuja toxina é mortal para o Homem
Embora apenas um quarto das serpentes sejam peçonhentas - é vulgar chamar erradamente venenosos aos animais que injetam sua toxina -, muitas das espécies são letais aos humanos. Estas serpentes letais são geralmente agressivas e sua peçonha pode matar um adulto saudável, se este não for devidamente tratado no período de algumas horas.
As cobras venenosas são classificadas em quatro famílias taxonómicas:
Em Portugal, apenas existem espécies de duas destas famílias - Colubridae e Viperidae. Apenas três espécies merecem referência como perigosas para o Homem: a cobra-rateira, a víbora-cornuda e a víbora-de-seoane. Os casos de mordeduras fatais conhecidos são raros e ocorreram principalmente em indivíduos debilitados, idosos, doentes ou crianças. Existem antídotos específicos para o veneno destas espécies.
Você estando na natureza, deve respeitar o animal em seu habitat e deixá-lo em paz. Avise as pessoas que estiverem próximas sobre a localização da cobra. Quando criança deve-se procurar um adulto e avisá-lo sobre a presença do animal. Em área urbana deve-se procurar o telefone de órgãos que capturam esses animais (bombeiros, Centros de triagem, etc). Lembre-se que as serpentes são animais importantes nos ecossistemas e é crime matar animais silvestres.
Primeiramente deve-se ter muita atenção quando estiver em áreas onde esses animais ocorrem como campos, florestas, fazendas. Olhar bem onde pisa e coloca as mãos, andando devidamente calçado uma vez que a maioria das picadas ocorre na altura do joelho para baixo. Quando andar de noite nesses lugares propícios de ocorrerem serpentes sempre utilizar uma lanterna. Quando for sentar-se no chão ou passar em troncos em florestas olhar cuidadosamente se não tem nenhum animal peçonhento próximo.
Há pouca razão para temer a morte devido à mordedura de serpentes. Apenas um quarto das cobras é peçonhenta, e dentre as 7 000 mordidas de cobras registadas na América por ano, menos de 15 vítimas morrem. No entanto, se você for mordido por uma serpente, há certos procedimentos a seguir. Primeiramente, distancie-se da cobra agressora. Segundo, localize um ou dois ferimentos puntiformes em seu corpo. Se o local da mordida começar a inchar ou doer muito, então você foi envenenado. Se possível, mantenha o ferimento acima ou no mesmo nível do coração para facilitar a circulação e rapidamente procure auxílio médico. O veneno em si normalmente não o matará, mas exacerbar-se enquanto envenenado pode ser fatal. Não amarre o local da mordida para impedir que o veneno espalhe-se, pois a falta de circulação sanguínea pode matar o local. Além do mais, o veneno espalha-se por seu sistema circulatório quase que instantaneamente quando é injevtado. Apesar da crença popular, não se pode sugar o veneno da cobra usando-se a boca.
Sinais e sintomas:
Não é necessário levar a serpente ou descrevê-la para o médico, ele fará o diagnóstico a partir do ferimento e dos efeitos no corpo do paciente.
Somente o soro cura intoxicação por picada de serpentes. Há soro específico para a maioria das espécies de serpentes.
Píton Africana
Segundo Murphy & Henderson (1997), os maiores recordes são de Píton Africana (Python sebae) com 12 metros, Sucuri (Eunectes murinus) de 11,5 metros (Registro do Marechal Rondon em Oliver, 1958), Píton Reticulada (Python reticulatus) com 10 metros e a Píton Indiana (Python molurus) com 9,14 metros.
A Cobra-rei ou "King Cobra" (Ophiophagus hahhah) com 5,58 metros de comprimento.
Alguns acreditam que a serpente personifica o mal, outros, que é forte aliada contra as forças mais poderosas que possam atacar-nos. As cobras sofrem o processo da troca de pele e esse é um evento que desperta a curiosidade. Essa característica possibilita associá-la ao rejuvenescimento, algo muito desejado pelo homem em todos os tempos.
A ela está associada a imagem do Oroboro, a serpente que morde a própria cauda formando uma circunferência, símbolo da continuidade, da eternidade. Associada também à Oxumaré, Orixá da Umbanda que rege a renovação. Para saúdar Oxumaré se diz: "Arroboboi!" ou "Orobobô!"
Na tradição Cristã, Satanás, disfarçado de serpente, instiga a queda enganando Eva para desobedecer uma ordem de Deus. Por isso a serpente também representa tentação, demónio e enganação.
Os traços positivos da cobra podem ser vistos quando interligada com a Árvore da Vida e representa bondade, também associada com poderes curativos e ou renascimento simbolizado na mudança de sua pele. O mito da tentação da serpente no jardim do Éden, refere-se à necessidade de auto-realização do homem, o princípio da individuação. É comum que seja apresentada por alguns como a representação simbólica do princípio sedutor da mulher.
No Hinduísmo, está também associada à Kundalini, energia vital e sexual situada na base da coluna e que, se despertada, pode fluir pelo corpo do homem através da espinha dorsal, em forma de uma serpente que enrolando-se, em espiral, sobe até chegar à cabeça. Como resultado, abre-se o acesso à corrente espinal de energia, permitindo que se tenha contavto com a energia da força vital, que tudo cura. Seu coração entra em contacto com seu Eu Superior e a Consciência Cósmica.
No Xamanismo ela significa transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade. Como as cobras deixam para trás a sua pele, nós podemos deixar para trás as nossas ilusões e limitações para usarmos plenamente a nossa vitalidade e desejos para alcançar a totalidade.
No Xamanismo Ancestral este Animal de Poder é um grande aliado de cura, ela é poderosa e indispensável. Ela tem a capacidade de devorar doenças comendo tumores e outros patógenos virulentos, pois o organismo da Serpente não é vulnerável às mesmas doenças que o nosso. À medida que for desenvolvendo a sua relação com essa nova aliada, pergunte a ela quando o uso desse poder é indicado. É importante observar que o veneno da Serpente, embora sempre tóxico, é útil à produção de vários tipos de remédios.
Há muito tempo este Animal de Poder representa o emblema da força energética e da sabedoria de diversas escolas de misticismo e ocultismo do passado e da atualidade. Aperece na coroa dos faraós egípcios e demais impérios do passado, representa o Eu Inferior Oculto, que é a mente subconsciente ou inconsciente.
Ver uma serpente em seu sonho você pode interpretar como um anúncio de uma etapa de enfrentamentos com o seu próprio eu. Talvez você passe por experiências que possam parecer desagradáveis mas que no final resultarão numa solução de luz e numa sabedoria que dificilmente você conquistaria de maneira tão rápida.
O sonho indica-lhe que você se deve preparar para viver algo importante como também renunciar a certos prazeres para entrar em contactos com a sua verdade superior. Problemas poderão ser solucionados se você tiver a tranquilidade para perceber os sinais da sua vivência diária.
Fontes: Wikipedia, Herpetofauna, CobrasNetBR e Dalla Blog
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