Ursos polares e hipopótamos em perigo |
A União Mundial para a Conservação divulgou a sua «Lista Vermelha», que mostra que o número de espécies em vias de extinção subiu para 16 mil em todo o mundo. Os ursos polares e os hipopótamos são duas das espécies ameaçadas.
Actualmente, são mais de 16 mil as espécies de animais e plantas que estão em risco de extinção: um em cada quatro mamíferos e uma em cada oito aves. Foram adicionadas 530 espécies à «Lista Vermelha» desde a última versão do documento, publicada há dois anos. A China, o Brasil, a Austrália e o México são os países que albergam mais espécies ameaçadas.
O uso polar integra as novas espécies ameaçadas. O gelo que cobre o pólo Norte tem vindo a derreter devido aos efeitos do aquecimento global, o que faz com que o habitat do urso polar esteja a desaparecer. Prevê-se que a população de ursos polares possa vir a regredir em 30% nos próximos 45 anos.
O hipopótamo também integra esta lista pela primeira vez, consequência da caça sem controlo na Republica Democrática do Congo. A população de hipopótamos, desde 1994, tem vindo a revelar uma quebra de 95%.
Por outro lado, mais de metade das 25 espécies endémicas de peixes de água doce do Mediterrâneo estão em risco de extinção, assim como um em cada quatro peixes de água doce da África de Leste.
Como avança o portal da Confagri, a vida oceânica também foi considerada como vulnerável, já que, das 547 espécies de tubarões e raias, cerca de 20% estão à beira da extinção.
A União Mundial para a Conservação faz um apelo aos Governos de todo o mundo para que estes criem meios para a preservação da biodiversidade através da redução das suas emissões de gases com efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global, e restrinjam a caça e a pesca.
Segundo um relatório publicado hoje pela organização, o número total de espécies oficialmente extintas é de 784 e que 65 só podem ser encontradas em cativeiro. O documento indica ainda que há 40.177 espécies em vias de extinção.
Na lista para 2006 figuram 16.119 novos animais e plantas ameaçadas, que «incluem uma em cada três anfíbios e uma quarta parte das árvores de coníferas do mundo, bem como uma em cada oito aves e um em cada quatro mamíferos», acrescentaram peritos da UMCN.
O director da organização afirmou também que há uma tendência «para aumentar a perda de biodiversidade e não diminuir». Achim Steiner alertou ainda para o «grande impacto» que a situação tem na productividade e capacidade de recuperação dos ecossistemas.
O relatório lembra que a região do mediterrâneo é das mais preocupantes, pois tem 34 focos críticos de biodiversidade, 25.000 espécies de plantas, das quais 60% não se encontram em mais lugar nenhum do mundo.
Quanto à situação do urso polar, a UMCN destacou o facto deste animal ser «uma das vítimas mais notórias do aquecimento global» e esse fenómeno «sente-se cada vez mais nas regiões polares». Outra situação preocupante é a da gazela dama, do Sahara, cuja população diminuiu 80% nos últimos dez anos.
Na África, um dos animais mais vulneráveis é o hipopótamo, cujo número de espécies desceu 95%, especialmente na República Demcrática do Congo e na Zâmbia.
. Número de espécies em via...
. Urso polar e hipopótamo e...
. NÃO ...
. Penteados em tempo de aul...
. Historia de Portugal em p...