Uma associação de Trás-os-Montes anunciou hoje que vai desenvolver um conjunto de aplicações para 'smartphones' e 'tablets' para que, junto das crianças, seja desmistificada a ideia do "lobo mau" e seja fomentada uma maior consciencialização ambiental.
Filipe Marrão, técnico da Corane - Associação de Desenvolvimento da Terra Fria Transmontana, que engloba os concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vinhais e Vimioso, estas aplicações vão permitir descobrir as zonas de lobos, histórias e lendas associadas a este animal que "ainda assusta as populações rurais com os seus ataques".
Outro dos propósitos da Corane é implementar, como já acontece em Espanha, a introdução de roteiros ambientais, que permitam sinalizar estruturas e trilhos associadas ao lobo e todo o património etnográfico associado as alcateias.
"Os turistas poderão descarregar do sítio da Internet do projecto transnacional 'Lobo: Vida Selvagem e Agricultores' toda informação e partir à descoberta de alcateias em todas as zonas dos concelhos de Terras Fria Transmontana", explicou.
O projecto foi hoje apresentado em Santalhão, no concelho de Vimioso, numa iniciativa que juntou técnicos e pastores de Portugal, Espanha, Estónia, Roménia, Suécia e Polónia.
Com estas aplicações para 'smartphones' e 'tablets', além de conhecerem o quotidiano e os trilhos do lobo e seus habitats, os utilizadores poderão conhecer pontos de interesse turístico dos quatros concelhos de região nordestina, que integram a Associação de Desenvolvimento da Terra Fria Transmontana.
"A ideia é que o lobo seja um chamariz turístico para a região do Nordeste Transmontano", acrescentou Filipe Marrão.
Outras ideias apresentada pelos parceiros no projecto passa pela criação de uma federação ou associação transnacional, com a missão de dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos no sentido de proporcionar "uma coexistência pacífica entre o lobo e agro pastorícia".
"Há vontade de todos os parceiros em avançar com a iniciativa ", frisou o técnico da Corane.
O projecto transnacional "Lobo: Vida Selvagem" está em curso há dois anos e a Corane é um dos parceiros.
A banda de Heavy Metal portuguesa declarou no Facebook o seu apoio à campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) para aquisição dos terrenos onde está alojado o Centro de Recuperação do Lobo-ibérico, que está em risco de ser ‘despejado’, pedindo aos fãs que contribuam para a causa.
A conceituada banda portuguesa de Heavy Metal Moonspell associou-se ontem, através da sua página no Facebook, à campanha do Grupo Lobo “Help the Iberian Wolf”.
Trata-se de uma iniciativa que tem como objetivo reunir fundos para a aquisição dos 17 hectares de terreno onde que se situa o Centro de Recuperação do Lobo-ibérico (CRLI) um projeto da associação cujo trabalho em prol da conservação do lobo já recebeu vários prémios, como o BES Biodiversidade e o Ford Motor Company Award.
O CRLI, situado em Mafra, aloja lobos que não podem viver em liberdade e que funcionam como embaixadores da espécie junto do público, correndo agora o risco de ser “despejado” e ver terminado, de forma abrupta, o trabalho que tem vindo a realizar desde há 25 anos.
A campanha foi lançada no passado dia 25 através da iniciativa Naturfunding de crowdfundingambiental. O crowfunding constitui uma forma de financiamento coletivo, em o público contribui para o financiamento de causas e projetos do seu interesse sendo, simultaneamente, recompensado por contrapartidas concedidas pelos seus promotores.
Os Moonspell, cujo álbum de estreia em 1995 se intitulou "Worlfheart", publicaram na suapágina do Facebook a um post em que declaram o seu apoio à iniciativa que apela “Não deixe os lobos sem abrigo!” e encoraja os fãs a contribuírem, na medida das suas possibilidades, para a causa lembrando que “Todos contam!”.
Fonte: Naturlink
Quem desejar contribuir e/ou divulgar a campanha do Grupo Lobo poderá fazê-lo aqui
Saiba mais sobre o Centro de Recuperação do Lobo-ibérico e o trabalho do Grupo Loboaqui
Mais um exemplo de que o amor e o instinto protector dos animais está acima de qualquer coisa.
Este pequeno lobo foi abandonado pelos seus pais com apenas quatro dias de vida. Ele foi para uma reserva natural e lá o inesperado aconteceu, o bebé lobo e um cão se deram muito bem. E outro cão que estava também na reserva, um rottweiller, adoptou de forma natural o lobinho quando ele estava com apenas oito semanas de vida. Heather Grierson, o director do lugar, disse que eles se dão super bem e que são grandes amigos.
Ensinaram-he através de fábulas que os lobos são sanguinários e maus e que as raposas são más, matreiras e mentirosas e acredita viavelmente nisso? Então tem de ler este artigo escrito por Tomás de Montemor, in Notícias Magazine, 99-09-12. E por favor não conte fábulas desse tipo às crianças, pois isso pode ser grave.
Juntamente com o lobo, a raposa é talvez o animal que o Homem encara com maior dose de preconceito. E grande parte desse preconceito (quase sempre negativo) tem origem em fábulas, lendas, contos, crenças populares e outros tipos de intrujice. Os outros membros deste infortunato clube são as cobras, os mochos, os sapos e qualquer animal que não se vergue facilmente à vontade ao gosto humanos. O lobo já tem o caminho traçado para a extinção e deve-o em grande parte ao Capuchinho Vermelho, ao Pedro e o Lobo, de Prokofiev, aos Três Porquinhos e a outras histórias aparentemente inofensivas.
Descobri como estes preconceitos estão já tão entranhados na forma de pensar das crianças quando em conversa com uns alunos do 7º ano, percebi que tinham todos medo e raiva do lobo sem saberem onde existe, como se comporta e como vive. O mesmo para as corujas que anunciavam a morte, as cobras que mamam leite das mulheres, os sapos venenosos, etc... Entretanto, a raposa vai fintando o destino do lobo, mas sempre ciente que derrotar todas as ideias que se metem na cabeça dos humanos desde crias não é uma batalha fácil - ideias que dizem que a raposa é matreira, falsa, inteligente mas mal-intencionada, vingativa, ladra, esquiva, mentirosa, fingida, hipócrita e mais uma série de adjectivos que encaixariam melhor num jornal desportivo. (...)
Muita raiva, pouca razão
Colar sentimentos humanos nos animais, o chamado antroporfomismo, é uma mania perigosa, pois muitas vezes os sentimentos humanos não são coisas que se recomendem nem ao mais sanguinário predador do Mundo Natural. É por isso habitual descobrir que muitos dos adjectivos que classificam a raposa aos olhos do Homem não têm qualquer fundamento mas não antes resultado de observações superficiais e apressadas. O que normalmente acontece é a tentativa de encontrar um bode expiatório para a incompetência e a asselhice do Homem na agricultura e gestão da caça.
O Homem massacra as espécies cinegéticas de uma zona apenas porque é guloso e não sabe quando deve parar, mas acaba sempre por perseguir os predadores naturais culpando-os da escassez de "caça". Quando desajeitadamente tenta recuperar algumas populações que extinguiu, introduzindo indivíduos criados em cativeiro, fica furioso se mais alguém tentar partilhar essa abundância, como se tivesse tornado dono da Natureza. Uma das maiores vítimas deste egoísmo é a raposa, que há milhões de anos mantém um equilíbrio com as suas presas e território, mas vê-se castigada por fazer o que sempre fez. Será que merece ser chamada verme, ladra ou assassina? Não deveria ser o Homem a ser castigado, já que foi ele que rompeu a harmonia natural? Mas para além desta espectacular injustiça, há por trás deste ódio muita ignorância - a raposa e outros predadores são essenciais a uma saudável manutenção das populações das espécies cinegéticas; e a ausência da raposa numa zona significa a falta de controlo sobre outras espécies potencialememte prejudiciais para o Homem e para as suas actividades.
Analisando estas duas certezas científicas chegamos à conclusão que é o Homem que deve ser controlado!
É inegável que a raposa possui uma grande inteligência, pois testes laboratoriais provaram uma capacidade de "raciocínio" superior à maioria dos cães. Estas qualidades de estratego, aliadas à sua grande capacidade de adaptação, são essenciais à sobrevivência em condições de concorrência apertada e luta diária por comida por vezes escassa.
Talvez seja essa inteligência que tenha provocado uma certa raiva por parte dos humanos, que gostam muito pouco de rivais, mas é completamente disparatada qualquer tentativa de assossiar a inteligência a qualquer malícia.
Que raposas e lobos lindos!
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